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O Gorro Amarelo

Publicado: Quarta, 17 de Agosto de 2016, 18h24 | Última atualização em Quarta, 05 de Outubro de 2022, 17h30 | Acessos: 13867

CRIAÇÃO DAS IDENTIFICAÇÕES DO ESPECIALISTA DOMPSA

gorro dompsa Of Sgt     O então 1º Tenente Intendente Laurindo Magrini, ao regressar dos Estados Unidos da América, após a conclusão do Curso deRigger Man, correspondente ao Curso de DOMPSA no Brasil, deparou-se com os especialistas Precursores do então Núcleo da Divisão Aeroterrestre ostentando na cabeça gorro (boné) vermelho, que são usados naquele país pelos especialistas Rigger.

    Para não diferenciar da flâmula de formatura da Companhia de Intendência, de cor amarela, foi acordado que os especialistas DOMPSA passariam então a usar o gorro (boné) da especialidade e capacete de aço também na cor amarela, quando em função na Zona de Lançamento, por haver sido autorizado o seu uso, bem como do distintivo correspondente.

 Tempos depois foi abolido definitivamente o uso do capacete da cor da especialidade. Este acordo foi selado em 1956 entre os então Comandantes da Companhia de Manutenção, Capitão Nelício Mario dos Santos e o dos especialistas Precursores, diante do Comandante do então Núcleo da Divisão Aeroterrestre.

 Outra determinação à época orientava ao possuidor do Curso de Manutenção de Pára-quedas que, ao usar o distintivo da especialidade, seria dispensável o uso do de Mestre de Saltos, haja vista que este já era um requisito necessário para cursar a especialidade.  

 O então capitão Nelício Mário dos Santos foi o primeiro comandante do Serviço de Intendência daquela Organização Militar e, assim, o criador do gorro amarelo, cor que representa o DOMPSA e o serviço de Intendência.

 O gorro amarelo – e também o capacete na mesma cor - permitiam a rápida identificação do especialista DOMPSA e de seu auxiliar em áreas de aprestamento e Zonas de Lançamento (ZL), visando, desta maneira, permitir que os envolvidos em uma operação aeroterrestre pudessem encontrá-los mais facilmente, caso necessário.

Após adquiridos nos Estados Unidos e introduzidos na tropa paraquedista os conhecimentos de suprimento aéreo, todos os especialistas possuidores do Curso de Manutenção de Pára-quedas receberam instruções complementares, passando a ser qualificados como possuidores do Curso de Dobragem, Manutenção de Pára-quedas e Suprimento pelo Ar (DOMPSA).

O brevê da especialidade, desenvolvido pelo Capitão Nelício e pelo Sargento Castagnet, é composto por quatro símbolos: a asa, que representa o suprimento aéreo; o velame, que representa a atividade de dobragem; a engrenagem, que representa a atividade de manutenção; e a lâmpada que simboliza a perspicácia, necessária aos especialistas DOMPSA.

A lucerna atualmente é mensurada através do acompanhamento constante do aluno nas fases que compõem as vinte e quatro semanas de instrução, tornando-o apto a exercer as funções do especialista DOMPSA na Brigada de Infantaria Pára-quedista, Brigada de Operações Especiais e Companhia de Forças Especiais. Num total de doze disciplinas, o aluno de melhor desempenho na maior parte delas é o merecedor do destaque do turno. Na cor vermelha, entre as linhas do brevê do DOMPSA, conduzido tanto na cabeça quanto no coração de cada especialista, a lucerna acesa é o símbolo do conhecimento e sua chama representa a continuidade de transmissão a cada geração de especialistas.

Este brevê é utilizado pelo especialista DOMPSA em sua farda não operacional (de passeio), constituído de um brevê de paraquedista militar sobre um fundo amarelo, chamado também de ZL (zona de lançamento).

O gorro amarelo e este brevê sem a asa é designado para utilização pelo Auxiliar de DOMPSA, tendo seus componentes heráldicos o mesmo significado.

 Mencionando a representação heráldica da tropa paraquedista, declarou o capitão Monte Santo que apesar do talento do então Sargento Castagnet, acredita ter sido de autoria do então Sargento

Agripino Pires Vieira a introdução dos ganchos de dobragem cruzados e da carga pesada no distintivo do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Pára-quedas e Suprimento pelo Ar (Batalhão DOMPSA).

(Pereira, Jorge Barcellos. Ninho das Águias - Histórias que a história não conta, só nós paraquedistas. Edição 2013, Editora Nova Era - SC. ISBN 978-85-86264-60-3. Pág.207)

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